Expectativas, crises e minha ausência por aqui

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Faz tanto tempo que não apareço por aqui. E não são os assuntos que me faltam – esse nosso mundão não permite tal afirmação – ou a falta do que dizer – produzo textos diários de mais de cinco páginas [A4 (para elucidar a dimensão, hahahha)]. Acredito que seja culpa de meu cansaço com as indignações.
Ok, essa última frase ficou meio estranha, mas o que eu quis dizer é que estou em uma fase de “preguiça de manifestar minha indignação”. Não que eu não as tenha – pelo contrário, pois ultimamente são muitas-; mas me falta ânimo para o debate, para as discussões, para o enfrentamento.
Eu sou assim. Tenho dessas crises. Sou movida pela paixão, mas nem sempre ela está direcionada para as mesmas coisas. No momento, está em sua fase mais egoísta, direcionada a outro ser, o que me afastou da paixão pelo debate, mas também não significa que sejam excludentes.
Bem, quando começo a falar de muitos assuntos e alongar demais minhas frases é sinal de que “coisa grande” vem pela frente (na argumentação, na indignação etc.). Mas não será neste post que elas serão expostas.
É que não apenas minha paixão está em uma fase egoísta. Meus dilemas e insatisfações também. São tantas as questões pessoais que perpaçam minha mente neste instante, que optei por abandonar a retórica dos demais temas. O trabalho já me garante grau suficiente de debate das grandes (ou não) questões, direcionado, então, todo o resto de minhas forças ao meu umbigo e os limites que o cercam.
Acabou que em tantos parágrafos eu não disse nada com nada – ao menos para aqueles que não estão bem próximos a mim neste momento -, obrigando-os a ler um texto aparentemente desconexo e absolutamente pessoal.
Para não encerrar como se nada tivesse dito – apesar da prolixidade que sempre me acompanha -, esclareço que o intuito inicial, ao fazer um post nesse horário da madrugada, era cuspir as bolas de pêlos que trancam minha garganta neste momento. Parcialmente o fiz.
E destacar que, apesar de eu sempre proferir frases de efeito no estilo “vá sempre com as expectativas baixas, pois mais fácil as boas surpresas”, não consigo seguir meus próprios conselhos e acabo, invariavelmente, decepcionando-me com as pessoas, por esperar mais delas, ou então, crer mais nelas do que elas próprias.
Como eu disse hoje no Twitter, pessoas te elogiando vão haver de monte ao longo da vida, mas poucas serão as que realmente irão te defender/ajudar nos momentos de crises.
Muito embora lá (Twitter) a afirmação tenha tido uma conotação voltada ao âmbito profissional, aqui eu a amplio para todas as outras áreas da vida.
Encerro finalmente salientando que a vida é muito curta (e frágil) para você se dar ao luxo de afastar as pessoas que realmente são importantes. E que pedir perdão não o torna fraco, mas sim forte, por mais estranho que isso possa parecer.

PS: texto confuso, meio desabafo, meio tristeza, meio #mimimi e diretamente do IPhone, pois o sono anda brigando com meus pensamentos e me deixa nesse estado meio indeciso entre o cansaço e a insônia.

2 responses to this post.

  1. Queria te dar um abraço depois de ler esse texto. Só um abraço.

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